Guitarrista e vocalista da Supercombo e do duo Scatolove, músico fala sobre novos projetos e dá dicas preciosas do que ouvir. Foto: Divulgação.
O músico Léo Ramos lançou, há algumas semanas, o single "Mofo" do seu projeto solo, Réo Lamos (que assim como o Scatolove faz parte do selo Rockambole), uma brincadeira com seu nome - e que também deve ter a ver com os outros cantores homônimos que temos por aí =]
Em entrevista ao CSC, Léo (ou seria Réo?), fala sobre como tem feito para manter a sanidade mental nesse período pandêmico, novos projetos da Supercombo e da Scatolove, além de dar dicas do que ouvir e a expectativa dele pra virar jacaré e ser vacinado! Confira abaixo.
CSC: Léo, você
comentou no vídeo de divulgação de "Mofo" que a música sempre teve
papel de ser sua "terapia" e que você produziu bastante desde o
início da pandemia. Teremos quantos discos solo, da Supercombo e do Scatolove
nos próximos meses? Risos
Muita coisa,
acho que quanto maior o perrengue mais música sai (por bem ou por mal). Os meus
três projetos estão trabalhando em coisas diferentes e felizmente eu tenho
conseguido separar bem isso no cérebro. A princípio temos 2 EP’s do meu projeto
solo, EP/DVD/Session da Tarde da Supercombo e o segundo episódio do
"Cavalice no País das Maravilhas", da Scatolove, no horizonte.
CSC: Como está sendo o processo para gravar, rola mais fácil agora pela internet ou você preferia fazer o processo tradicional, com todo mundo aglomerado?
Gosto muito dos dois formatos, é muito maneiro poder estar junto das pessoas pra criar, produzir e gravar, mas também é muito legal fazer isso em casa de pijama comendo um pote de açaí e acompanhar os processos via chamada de vídeo.
CSC: A pandemia
prejudicou - e muito - toda a cadeia de entretenimento, especialmente o de
música. Estamos vendo o retorno de shows e bandas remarcando turnês para esse
ano ao redor do mundo. Infelizmente, isso não deve ocorrer aqui no Brasil. Como
foi o impacto da pandemia pra você? Seria melhor se tivéssemos outro
presidente, né?
Paramos
completamente todas as atividades de shows ao vivo, sem previsão de uma
possível volta pros eventos. Uma banda precisa de shows pra sobreviver, pior
ainda está sendo pra galera que trabalha no backstage.
Bolsonaro é um
genocida, um lixo e infelizmente presidente desse país. Em qualquer contexto
estaríamos melhores sem ele, numa pandemia então...
CSC: E o que você tem ouvido hoje em dia? Tem coisa nova ou você tá mais na pegada dos clássicos? Pode citar pra gente, dois ou três artistas que não saem da sua playlist?
Radiohead nunca
vai embora das minhas playlists, Bon Iver e Kimbra também não. Amo
descobrir bandas novas e recentemente descobri Poppy e Superorganism e tô me
divertindo. Das bandas e artistas brasileiros que acho incríveis estão Fresno,
Tuyo, Sandro, Silva, Ego Kill Talent, Castello Branco, O Grilo e mais um monte
que eu provavelmente tô esquecendo aqui, mas fica a dica aí.
5) Quais os próximos passos? Tomar vacina, ser pai e, lá pra meados do ano que vem cair na estrada?
Lançar as músicas já prontas desde o ano passado, nascimento da minha filha agora no início de Setembro, virar um tremendo de um jacaré vacinado e quem sabe, quando a terra voltar a ser redonda, voltar a fazer shows e eventos com público.
Assista abaixo o vídeo de "Mofo", do projeto Réo Lamos.