
É muito difícil fazer a crítica de um show quando você é fã do artista que vai se apresentar. Ou a gente elogia muito (podendo ser acusado de mero fã histérico), ou critica veementemente (e é acusado pelos fãs histéricos de... louco). Mas, que se danem os que pensam que sou fã histérico de Chris Cornell , afinal, eu sou mesmo!!
O que dizer desse vocalista, de 43 anos, cheio de entusiasmo? O que dizer de sua voz - que ao vivo tem uma força incrível? A apresentação do ex-vocalista do Soundgarden e do Audioslave no Credicard Hall, ontem a noite (16/12), começou exatamente às 21:47, com 17 minutos de atraso e um agradecimento de Chris por ter feito os fãs esperarem ansiosamente. Nós é que agradecemos.
No show, um dos últimos sobreviventes da "porra-louquice"do grunge, cantou clássicos com a voz afinada, atingindo graves e agudos impressionantes. Interagindo muito com a platéia , Cornell quase pôs abaixo o (minúsculo) palco do Credicard Hall com "Cochise" e "Show Me How to Live" do Audioslave.
Mais tarde, em momento acústico, emocionou todos com "Like a Stone" e "I Am The Highway" da mesma banda. Não faltaram "Black Hole Sun" e "Outshined" do Soundgarden, nem "Hunger Strike" do Temple of the Dog, cantada à plenos pulmões por este que vos escreve.
Mais tarde, em momento acústico, emocionou todos com "Like a Stone" e "I Am The Highway" da mesma banda. Não faltaram "Black Hole Sun" e "Outshined" do Soundgarden, nem "Hunger Strike" do Temple of the Dog, cantada à plenos pulmões por este que vos escreve.
Chris ainda cantou os sucessos "Can´t Change Me" e "Preaching the End of the World" (confesso que quase chorei...hehehe), de seu primeiro álbum solo, levando à loucura os quase 6.000 fãs (tinha isso tudo mesmo???) presentes. Aí veio o duelo de Chris e o baixista. Voz e baixo...simplesmente sensacional!!!
Detalhes negativos: (afinal, sou um aspirante a jornalista isento e sei enxergar os defeitos de um show quase perfeito...) Os dois guitarristas não conseguiram executar com a mesma precisão de Tom Morello (sou exigente mesmo, e daí?) as músicas do Audioslave (embora a voz de Chris importasse mais); O ar-condicionado do Credicard Hall continua péssimo (era quase impossível respirar lá dentro com tanto calor, sem falar na fumaça de cigarro); Dois solos de bateria (ainda existe isso??) dispensáveis, principalmente o primeiro que "imitava" as baterias de uma escola de samba (com direito a apito e "sambadinha" do guitarrista); Faltou "Safe and Sound", do novo cd "Carry On" - mas aí já é coisa de fã histérico.
Set acústico, cover do Led Zeppellin e duas horas e vinte minutos depois, todos queríam que o show estivesse apenas começando.