'Wasting Light' traz o que há de melhor na banda. Rock simples, direto e muito bem tocado. Foto: Divulgação.
Depois de um pequeno hiato de 4 anos, Dave Grohl & cia. estão de volta. Produzido pelo lendário Butch Vig (Nirvana, entre outros), o CD começa com 'Bridge Burning' e seu riff de guitarra contagiante.
Neste disco, o Foo Fighters voltou a contar com a guitarra de Pat Smear, músico de apoio no Nirvana e membro original da banda, que, com Chris Shiflett e Grohl, deixa o som dos caras mais consistente.
Em 'Rope', primeiro single de 'Wasting Light', Grohl usa uns efeitos em sua voz que a deixam parecida com a de Josh Homme em determinados momentos. E dá-lhe os conhecidos 'berros' do vocalista.
'Dear Rosemary' tem toda a influência de Hüsker Dü, afinal, é nesta faixa que o vocal Bob Muld faz um dueto com Grohl. A bateria de Taylor Hawkins é outro destaque.
E 'White Limo' (muito divulgada antes mesmo do 'single) reconduz o Foo Fighters ao peso e às homenagens. Desta vez, o Motörhead é a grande influência. O clipe da música conta com a participação de Ian 'Lemmy' Kilmister, vocal da banda de heavy metal mais tradicional do planeta, de quem Grohl é fã confesso.
Uma das minhas preferidas, 'Arlandria' não tem o peso das outras faixas, mas os caras sabem compôr melodias 'leves' como ninguém. De novo, Hawkins e sua bateria mostram as cartas.
Agora vou ser xingado. 'These Days' tem uma levada de 'Adam´s Song', do Blink 182, no início. Mas calma, é só no início. Depois as coisas se encaixam novamente e a música fica com cara de Foo FIghters.
'Back & Forth', 'A Matter of Life' e 'Miss the Misery' são outras típicas músicas da banda: Simples e corretas.
Com a parceria de Butch Vig/Dave Grohl, nada mais natural do que contar com Krist Novoselic, certo? Pois o ex-baixista do Nirvana participa da faixa 'I Should Have Known'.
Engana-se quem acha que a música tem só elementos 'nirvânicos'. Ela soa como um encontro entre as duas bandas, mas mesmo assim, possui a 'cara' do Foo Fighters.
'Wasting Light' encerra bem com 'Walk'. Uma dessas canções que consolidam o Foo Fighters como uma das maiores bandas do final do século passado e início deste. E um disco que, por enquanto, pode ser considerado o melhor de 2011.