Entrevista: Supercombo

Banda, um dos destaques do rock nacional em 2013, se prepara para a turnê de lançamento do disco 'Amianto', que sai no começo do ano que vem. Foto: Divulgação.

Uma das gratas surpresas do rock nacional em 2013, a banda Supercombo (que apresentei aos leitores do blog aqui) fala ao Cultura Sem Censura sobre a importância de ter sido a vencedora da primeira etapa do programa 'Temos Vagas', da rádio 89Fm de São Paulo e da (ainda) difícil tarefa de arrumar boas casas para fazer show no Brasil.

Formada em 2007, em Vitória (ES), o quinteto hoje conta com Leonardo Ramos (Voz/Guitarra), Pedro Ramos (Guitarra/Voz), Carol Navarro (Baixo/Voz), Paulo Vaz (Teclados/Efeitos) e Raul de Paula (Bateria),

Juntos, e em meio aos ensaios para a turnê de divulgação de 'Amianto', com lançamento previsto  para janeiro do ano que vem, responderam, por e-mail, ao blogzinho. =]

Cultura Sem Censura: O que representou para o trabalho da banda ter vencido a primeira etapa do programa 'Temos Vagas', da 89 FM? 

Supercombo: Ganhar o programa 'Temos Vaga's foi um marco para a banda. Foi a coroação do início do trabalho dessa nova formação.

CSC: Que tipo de exposição a execução da música 'Piloto Automático' na rádio gerou? 

Supercombo: [Conseguimos] gravar o nosso primeiro clipe. Percebemos que a galera curtiu MESMO.

CSC: Os shows começaram a ter mais gente?

Supercombo: Não estamos em época de shows porque o novo CD está em fase de finalização. Já começamos os ensaios e estamos preparando uma surpresa pro lançamento do disco no ano que vem.

CSC: Uma banda ainda precisa ser conhecida aqui em SP ou no RJ pra começar a dar certo em outros lugares do Brasil? 

Supercombo: Acho que não é regra não. Muitas bandas fazem o caminho inverso e conseguem se dar bem tocando por aqui.

CSC: Uma banda independente, como a de vocês, já consegue encontrar bons lugares pra tocar?

Supercombo: Tivemos ótimas oportunidades. Já nos apresentamos em grandes eventos musicais, inclusive no Porão do Rock, em Brasília, e no Project Rock, em Porto Alegre. Entendemos que falta um pouco de oportunidade para novas bandas divulgarem o trabalho, o que limita os convites para shows. Mas se o trabalho é levado a sério e os integrantes da banda se dedicam para isso, as oportunidades vão aparecendo.

CSC: A clássica, mas necessária, pergunta: dá pra viver de música no Brasil? Essa possibilidade de 'controlar' a venda de música deixa tudo mais 'fácil' e justo para as bandas? Por quê?

Supercombo: O mercado da música tá nesse processo de mudança,  né? Não funciona como antes que as grandes gravadoras mandavam no cenário musical e as bandas deles ficavam gigantes da noite pro dia. O lado bom disso é que agora muita banda que antes ficava 'penando' pra tentar entrar numa gravadora grande pode colocar o seu mp3 na internet e ir divulgando o seu trabalho por conta própria, vender 'merchan' [camisetas, CDs, etc] e, claro, fazer shows ‘sem precisar ganhar na loteria das gravadoras’. O resultado é um pouco mais demorado, mas ao mesmo tempo parece que cria um vínculo mais forte com o público. A galera se sente parte do lance, já que não foi enfiado goela abaixo pelas mídias de massa. Temos muitos exemplos de artistas independentes que viraram hits na internet e largaram seus empregos pra viver de música.

CSC: Quais os próximos shows da banda? Quando farão um show de lançamento do novo CD em SP?

Estamos fechando várias datas pro começo do ano, pois vamos lançar o disco na segunda quinzena de janeiro. Até lá é só ENSAIO!!

Abaixo, o clipe de 'Piloto Automático'.