Os agora clássicos "Um Lobisomem Americano em Londres" e "Brinquedo Assassino" trazm cenas para lá de "trhaseiras". Foto: Unsplash.
Mais um texto resgatado do finado site Lado B, que era editado pelo André Barcinski. Dessa vez, separei aqui 5 filmes "trasheira" para você assistir no final de semana.
“A Bolha Assassina” (Irvin Yeaworth, 1958)
A vida de ator, sobretudo em seu
início de carreira, não é das mais fáceis. Nesse verdadeiro clássico da
“trasheira”, temos o ainda desconhecido Steve McQueen, que viria a ganhar fama
em “Sete Homens e um Destino”. McQueen interpreta um jovem que, ao lado de sua namorada
Jane e a bordo do seu conversível, vê um meteorito cair e sai em busca do
objeto, tentando descobrir sua origem. No entanto, um idoso chega ao local antes
da dupla e, curioso que só, toca no objeto, tendo sua mão rapidamente envolta a
uma “gosma”.
Steve – sim, o personagem tinha o
mesmo nome do ator – vê a agonia do homem e o leva, então, ao médico da cidade.
Lá, o objeto que envolveu a mão do idoso começa a tomar todo o seu corpo. O
filme original é mais calcado no suspense – mostrando o ataque da Bolha quase
no final - do que sua refilmagem, de 1988,
que mais parece uma comédia.
Disponível no YouTube (gratuito)
e no Looke (assinatura).
Um clássico que tem na estante o
Oscar de melhor maquiagem, pelo excelente trabalho da equipe do maquiador Rick
Baker, “Um Lobisomem Americano em Londres” é uma releitura de outro clássico, “O
Lobisomem” (1941). A direção do mestre John Landis traz a dosagem perfeita dos
filmes de terror com pitadas de comédia. Divertido do início ao fim!
Disponível na Apple TV e Google Play.
“Uma Noite Alucinante 2” (Sam Raimi, 1987)
A sequência divertidíssima em que
o personagem de Bruce Campbell “luta” com sua própria mão já vale o filme –
especialmente a passagem em que o membro faz o clássico sinal com o dedo do
meio. O longa é uma espécie de paródia/continuação de “Uma Noite Alucinante”,
de 1981, também dirigido e escrito por Sam Raimi.
Neste segundo capítulo, o diretor e roteirista brinca de reencenar diversas passagens do filme anterior, mas com a clara intenção de soar mais divertido, sangrento e, por que não, “tosco”. Um marco para o cinema e para as carreiras de Raimi e Campbell.
Disponível no YouTube (assinatura), Apple TV e Google Play.
“Inimigo Meu” (Wolfgang Petersen, 1985)
Um filme que coloca o
protagonista, vivido por Dennis Quaid, como o defensor da Terra em uma guerra
espacial contra o alienígena Jeriba (Louis Gosset Jr.) tem tudo para dar certo
e ser um sucesso de bilheteria, certo? Pelo menos essa era a ideia inicial da
Fox.
Baseado num conto – que depois
virou livro - de Barry B. Longyer, “Inimigo Meu” passou por diversos problemas
em sua produção, trocando de diretor e caindo no colo de Wolfgang Petersen. O
alemão foi escolhido por ter dirigido “A História Sem Fim”, seu primeiro
sucesso na terra do Tio Sam. Com carta branca, ele, então, decidiu refilmar
tudo na Alemanha.
O filme não conseguiu nem pagar
seu custo, e as lições que ele tentou passar – de tolerância à diferença e o
nascimento de uma amizade entre dois inimigos – não colaram. A cena mais
bizarra, no entanto, é o parto do bebê de Jeriba (Gosset Jr), fruto de uma
produção assexuada. Bizarra, mas bem filmada.
Disponível na Star+.
“Brinquedo Assassino” (Tom Holland, 1988)
Criado por Don Mancini, Chucky é
um boneco bizarro, que nos remete àquela fase de quando éramos crianças e
tínhamos medo da boneca esquisita da irmã ou da filha da vizinha. O primeiro
filme da série foi dirigido por Tom Holland (“A Casa do Espanto”) e traz o
brinquedo, na voz de Brad Dourif - que entraria para a história dos filmes de
terror – irônico, diabólico e sanguinário, características que marcariam o
personagem.
Como resultado da transferência
da consciência do serial killer Charles Lee Ray, o brinquedo, que recentemente
retornou no ótimo seriado “Chucky”, da Star+, é responsável pelas sequências de
mortes mais inventivas, bizarras e divertidas da história do cinema.
Disponível na Star+.