Crítica: Superman diverte e DC acerta ao fazer filme pra família


Sob a tutela de James Gunn, filme do azulão é um dos melhores do gênero nos últimos anos. Foto: Divulgação.

Confessso que tinha esperança de ver um filme da DC dar certo depois dos fiascos dos últimos longas dirigidos por Zack Snyder e Andy Muschetti e saí do cinema com esse sentimento renovado ao assistir Superman.

Escrito e dirigido James Gunn, outrora "todo poderoso" da Marvel, o filme mostra toda a sua competência criativa ao trazer um herói mais "humano", como ele e o elenco, encabeçado pelo ótimo David Corenswet, estão dizendo em entrevistas.

Cores fortes, até mesmo em cenas noturnas, dão o tom cartunesco que muitos fãs vão adorar, sem falar em diálogos simples, mas que conseguem impactar pela absoluta empatia dos personagens.

O longa mostra um Superman (Corenswet) em início de carreira, já tendo se revelado ao mundo e enfrentando a resistência de alguns e a inveja, especialmente de seu arquinimigo Lex Luthor (magistralmente interpretado por Nicolas Hoult).

Com parte da "Liga da Justiça", encabeçada pelo Sr. Incrível (Edi Gathegi) e com o Guy Gardner Lanterna Verde (Natan Phillon, o alívio cômico de Gunn) canastrão e a Mulher-Gavião (Isabel Merced) latina, presente no filme, a impressão é que estamos acompanhando as animações clássicas dos anos 1990.

A cara-metade de Clark Lois Lane (Rachel Brosnahan) já sabe da sua identidade e a química entre os atores permite nos deliciarmos com as apirações da dupla ao longo da trama.

Não faltam referências aos quadrinhos (o fofinho Krypto e a relação com os pais humanos), animações (como disse acima), mas há também a originalidade de Gunn, seja na construção narrativa, ou na escolha da trilha sonora arrebatadora  (como de costume) , com direito, claro, ao tema clássico criado por John Willians.

A DC e a Warner, finalmente, conseguem acertar o rumo para, quem sabe, construir o seu universo sem se preocupar em superar a Marvel. 

Vá ao cinema sem medo para se divertir com um filme leve e feito pra toda família.

Apenas uma nota chata é que a dublagem bra6 do protagonista não ficou à cargo de Guilherme Briggs, mas sim de Diego Lima, que dubou outros personagens de Corenswet e faz um ótimo trabalho aqui.