Fringe: A Nova Mina de Ouro do Criador de Lost

Pôster promocional da nova série de J.J Abrams.

"Fringe" (nome da ciência que engloba a telepatia, reanimação, etc.) é um daqueles seriados que te deixam nervoso, tenso. Mas, se você não gosta de ficção científica, provavelmente vai detestar a nova "fábrica de fazer dinheiro" de J.J Abrams, criador de "Lost", "Alias" e "Felicity" - que talvez nem ele o próprio Abrams goste de ter em seu "currículo". Alex Kurtzman e Roberto Orci completam o trio de criadores.

Mas mesmo odiando ficção, dê uma chance para "Fringe", é possível que você mude de idéia (assim como eu mudei). A série estreou no mês passado nos States e a Fox contabilizou uma média de 10 milhões de telespectadores por episódio (quatro, até agora) e, segundo informações do blog Por Dentro das Séries , de Júlia Bernardes, esse sucesso já garantiu pelo menos uma temporada. O episódio piloto começa com um acidente de avião, no mínimo, estranho. Todos os passageiros e tripulantes morrem, mas não por causa da queda da aeronave, mas sim em consequência de uma espécie de vírus, "liberado" por uma das pessoas a bordo. 

Para investigar a causa das mortes a agente do FBI Olivia Dunham (Anna Torv, atriz da nova geração da Austrália) e seu parceiro (com conotação sexual) John Scott (Mark Valley, de "Justiça sem Limites") são designados para o caso. Algo, porém, dá errado e Scott é infectado com o mesmo vírus dos passageiros do avião. Olivia parte em busca de uma cura para o agente e descobre em um sanatório o Dr. Walter Bishop (John Noble, de "Senhor dos Anéis"), cientista "aposentado". Bishop fazia experimentos para o governo americano e é o único capaz de ajudá-la. 

Para conversar com Bishop, no entanto, Olivia precisa da presença de um membro da família do cientista. Eis que surge Pacey Witter, digo Peter Bishop (Joshua Jackson, de "Dawson´s Creek") filho do cientista e um rapaz, digamos, misterioso e com um Q.I bem acima da média. O tal vírus, descobre-se mais adiante, não é uma novidade e faz parte dos experimentos (relembrando: reanimação, telepatia, etc.) conduzidos pelo Dr. Bishop a pedido da empresa Massive Dynamics desde a década de 1970. A trama deste episódio piloto de "Fringe" é muito bem conduzida. 

Prepare-se para cenas fortes, com muito sangue, ação e efeitos especiais que fizeram este blogueiro começar a gostar de ficção científica. Muitos estão comparando a série a "Arquivo X", mas eu acredito que "Fringe" tem um "algo a mais" , talvez traduzido pela vontade incontrolável de assistir o próximo episódio. Não vi "Alias” e achei "Lost" fraca (que me desculpem os milhares de fãs), mas confesso que estou hipnotizado pela nova série de J.J Abrams. "Fringe" pode estrear ainda este ano na Warner, mas, como no Brasil a grade dos canais (pagos ou não) é incerta, a série pode chegar por aqui somente em 2009. Ah, se não fosse a internet... Abaixo o trailer.