Discos essenciais para Daniel Daibem*


Músico e apresentador mostra os álbuns que o influenciaram ao longo dos anos. Foto Divulgação.

Resgatando mais um texto publicado no Huffpost Brasil. Dessa vez, a seção discos essenciais traz o "professor" Daniel Daibem.

Daibem, natural de Bauru, começou sua carreira na primeira fase da 89FM, passou pela saudosa Brasil 2000, ambas rádios famosas de São Paulo voltadas ao rock, e foi o idealizador do programa Sala dos Professores, na rádio Eldorado FM.


Além disso,  apresentou, a Sala do Professor Buchanan’s, ao vivo, no Bourbon Street (São Paulo), com transmissão pela Rádio Eldorado FM., recebendo grandes nomes da MPB e Jazz como Leny Andrade, João Bosco, Stanley Jordan e John Pizzarelli, entre outras feras.

Músico, Daiebem está a frente do Daniel Daibem Grupo, onde toca guitarra e é acompanhando por Rodrigo mantovani (contrabaixo), Leandro Cabral (piano) e Vitor Cabral (bateria). O repertório é o Souljazz dos anos 1950 e 1960.

O "professor" também ministrou cursos sobre Jazz e está lançando o projeto Auditivos, para explicar, de uma forma mais leve e didática, os fundamentos do jazz.  E é dele a lista desta semana, que vai do heavy metal ao jazz, passando pela MPB e pelo pop. Aproveitem!

1. AC/DC - High Voltage

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"O primeiro álbum oficial do AC/DC já mostra a banda madura, com o formato que seguiria nos 40 anos seguintes, totalmente consolidado. Ouço este disco desde 1985, apesar dele ser de 1975/76 e ainda aprendo todo dia alguma coisa com ele".

2. Rita Lee & Tutti Frutti - Fruto Proibido

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Além das ótimas composições da Rita em parceria com o Paulo Coelho, o que mais me chama atenção, neste que considero o melhor disco de rock brasileiro, é a performance e o timbre de bateria do Franklin Paolilo.
Mais cru, impossível

3. George Benson Quartet - It’s Uptown

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"Considerando que minha vertente preferida no Jazz é o chamado Souljazz, este é um álbum que representa este gênero de forma integral. Formação de organ trio (órgão, guitarra e bateria) com o acréscimo de sax barítono e um George Benson com pouco mais de 23 anos, tocando já com a mesma fluência de hoje".

4. Slayer - Reign Blood

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"Terceiro album da banda, quando as produções de metal ainda  estavam descobrindo como aprimorar a captação e timbres dentro do estúdio. Aí, chega o Rick Rubin, que é um cara que sabe produzir com o cuidado de potencializar o que o artista tem de bom, sem interferir na personalidade do grupo. Foi uma surpresa que elevou muito o nível do que viria na sequência, na época.
28 minutos de recado e pancadaria clara e certeira!"

5. Pink Floyd - Wish You Were Here

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"Shine On You Crazy Diamond é um som que eu ouvi tanto, que decorei os solos e a porra toda. E isso me influenciou muito na forma de se expressar na guitarra, mesmo quando vou tocar outros gêneros. 
É discão prá ouvir inteiro na sequência, né.
Tipo, sentar prá assistir um filme".

6. Booker-T and The Mg’s - Soul Dressing

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"Não dá para entender como a música pop foi desenhada, sem ouvir este quarteto de Memphis que, inicialmente, foi formado para acompanhar os cantores da Stax Records. Tá tudo aí: as levadas de shuffle, boogaloo, a simplicidade de combinar a trama entre órgão, guitarra, baixo e bateria, de forma que você não consegue ouvir sem bater o pé ou chacoalhar alguma parte do corpo.
Aula, sempre!"

7. Wilson Simonal - Alegria, Alegria!!!

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"Já que tem que escolher um álbum, eu vou de “Alegria, Alegria”. Mas, tudo do Simona é um nível muito foda. Porque, prá mim, a missão está cumprida, quando o artista consegue, ao mesmo tempo, atingir o povo, mantendo o nível musical (tanto os arranjos, como o time e a execução) lá no alto. Se for prá escolher um cara no mundo que levou isso ao extremo, esse cara é Wilson Simonal".

8. Ritchie - Vôo de Coração

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"É muito louco pensar que um flautista hippie, inglês, veio para o Brasil nos anos setenta e, alguns anos depois, conseguiu emplacar um disco inteiro nas paradas de sucesso brasileira, cantando em português.
E mais doido ainda, é saber que ele foi até a gravadora com um tecladinho Casiotone, vestindo o blazer vermelho que seria sua marca registrada, disparou a programação do teclado e cantou uma atrás da outra para os executivos.
Foi contratado na hora!"

9. Black Sabbath - Paranoid

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"Só hino, um atrás do outro. Lembro-me que a primeira vez que ouvi esse disco, foi uma prensagem nacional em vinil, com um som muito abafado. Confesso que demorei prá curtir, já que conhecia as mesmas músicas, nas versões ao vivo do álbum “Speak of the Devil”, do Ozzy, já em carreira solo.
Acho pouco catalogar este disco como heavy metal. Tem muito balanço nele, muito swing, sem falar que são três instrumentistas apenas, fazendo aquele som gigante pro John Michael Osbourne interpretar uma letra melhor que a outra".


10. Joe Williams & Count Basie Orchestra - Everyday I Have The Blues

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"Eu não vou falar muito sobre este, porque ele, sozinho, já contém todo o universo. 
O Blues, a excelência da linguagem do Jazz, a clareza do que significa ser um cantor, enfim, TUDO.
Como diz meu amigo e baterista Vitor Cabral: é o Fim do Método".

Ouça a playlist com os discos essenciais do Daniel Daibem no player abaixo:   

*Lista originalmente publicada no Huffpost Brasil, em  agosto de 2018.