Metallica: 20 anos de St Anger e a história por trás do álbum mais odiado da banda


Disco com sonoridade "diferente" saiu em época conturbada na carreira (e na vida) do quarteto. Foto: Divulgação.

Um dos discos mais - se não o mais - odiado do Metallica completou 20 anos em 2023. St. Anger é o oitavo álbum da banda e possui uma sonoridade "diferente", especialmente por conta da bateria "lata de goiabada" tocada por Lars Ulrich e por não conter nenhum solo, muitos fãs abominam o disco. 

Mas, você sabe qual a história por trás da "Santa Raiva"? Conto algumas curiosidades desta época para tentarmos entender o que foi esse disco "peculiar" - que tem a pior música da banda, chamada Invisible Kid.

Antes do lançamento de "St", a banda não passava por bons momentos, que vinham desde  os polêmicos "Load" e "Reload", com músicas maravilhosas, mas que inauguraram uma fase controversa dos caras, especialmente o visual que desagradou muito "metaleiro das antigas".

A briga contra a Napster (retratada na faixa " Shoot me again", ferramenta que permitia o compartilhamento de músicas pela internet, gratuitamente, pegou muito mal para banda e alguns fãs passaram a queimar os discos dos caras como protesto. 

A relação entre James Hetfield - que voltava a ter problemas com álcool  (parece que a casa nao ta tãolimpa  como ele disse na música " Dirty window", ja que voltou a ter problemas com bebidaem 2021), Lars Ulrich, Kirk Hammet e Jason Newsted, que nunca foi lá muito boa, culminou, em 2001, com a demissão do baixista que teve a ingrata missão de substituir Cliff Burton, morto em um acidente com o ônibus dos caras em 1986.

Newsted saiu da banda alegando "problemas pessoais e físicos", mas o real motivo é que o fato de ele querer ter um projeto paralelo (a banda Echobrain) não agradou Hetfield/Ulrich - que graças aos deuses devem ter mudado de ideia, já que Kirk lançou Portals, álbum solo, no ano passado, pela gravadora da banda.

No documentário Some Kind of Monster - forte e absolutamente necessário para quem é fã de música - e não só da banda-, há um trecho em que, após a saída de Newsted, Kirk e Lars vão até um show do Echobrain e tentam falar com ele, mas o cara não os recebe.

Aliás, esse belo trabalho de Bruce Bruce Sinofsky Joe Berlinger (a dupla por trás de Paradise Lost) traz diversos trechos da gravação de St. Anger, sendo um dos mais fortes a cena abaixo, que ocorreu porque Lars Ulrich estava irritado com o horário em que Hetfield - de volta da clínica de reabilitação - podia estar presente no estúdio.


Para quem não lembra ou não sabe, Some Kind foi concebido entre 2001 e 2003, e começa quando a banda vai para estúdio gravar o novo disco e logo após a saída de Jason.

Como uma espécie de "lavagem de roupa" suja, o documentário mostra como os empresários do Metallica tentam, a todo custo salvar a banda do fim ao contratarem o psicólogo das celebridades Phil Towle, que passa a estar presente em praticamente todos os momentos.

Apesar de hoje ser visto como o cara que salvou a banda, Towle era muito criticado por se "intrometer" demais, mas o cara tinha que fazer valer o slário mensal de 40 mil dólares, não>

Fato é que, não fosse essa terapia em grupo, fatalmente o Metallica não existiria mais e o álbum St. Anger, como bem disse James nessa entrevista, é o extato retrato da banda naquele momento, cheio de raiva, dor, frustração e uma boa pitada do bom e velho rock n' roll.

Abaixo, o trailer de Some Kind of Monster, nome do doc e também de uma das músicas mais bacanas de St Anger.