Três livros para celebrar os cem anos de Marcos Rey


Autor de clássicos da literatura,  como Um Cadáver Ouve Rádio (esse um dos melhores da sua porção infanto-juvenil), completaria um século de vida no último dia 16 de fevereiro de 2025. Foto: Rogério Montenegro/Veja São Paulo.

Um dos autores preferidos da casa, Marcos Rey, pseudônimo de Edmundo Donato, completaria 100 anos no último dia 16 de fevereiro de 2025. 

É responsável por clássicos como Memórias de um Gigolô, adaptado como minissérie, com roteiro dele mesmo, e filme.

O escritor faleceu em 1999, aos 74 anos, por complicações de uma cirurgia. Aqui, presto uma singela homenagem com os três livros infanto-juvenis que mais marcaram a minha vida - e tenho certeza que a de muitos jovens nos anos 1980 e 1990.

Sozinha no Mundo (1984)

Este é, sem dúvidas, um dos livros que mais me impactaram na minha juventude. Devia ter 12/13 anos, quando peguei emprestado no "ônibus biblioteca" aqui de São Paulo. 

Aliás, comecei a paixão pela leitura por conta desse programa da Prefeitura da cidade - devorei toda a Série Vagalume e todos os Asterix que estavam disponíveis à época.

Sozinha no Mundo, como sugere o título, fala de uma menina orfã, Pimpa, que, na esperança de não morar em um abrigo, vem à capital paulista para tentar encontrar seu tio. No percurso, muita aventura e alguns perigos e muita, muita criatividade e escrita afinada de Marcos Rey.

Um Cadáver Ouve Rádio (1983)

Terceiro livro da quadrilogia que reunia os jovens 'detetives' Leo, Ângela e Gino - os outros são, em ordem, O Mistério do Cinco Estrelas, O Rapto do Garoto de Ouro, Um Cadáver  e Um Rosto no Computador. 

Nesta obra, os adolescentes saem em busca de pistas para decifrar quem assassinou Alexandre, o Boa-Vida, que vivia de favores e era bem quisto por todos do bairro do Bexiga, também em São Paulo - onde todos os livros do autor se passam.

Reviravoltas surpreendentes e a riqueza de detalhes que o escritor insere em sua narrativa fazem com que "mergulhemos" na história como se fizéssemos parte dela. Um clássico atemporal que reli recentemente.

Enigma na Televisão  (1981)

Este é outro dos meu preferidos, ainda mais por ter como protagonista um jovem jornalista, Paulo, que tentará, de todas as formas, desvendar a morte de um astro da TV. 

Manja aquela série boa de true crime que você assiste hoje em dia? Enigma na Televisão, certamente, seria digna de maratonar. 

Aliás, vários livros de Marcos Rey dariam bons filmes/séries de TV! Até houve uma tentativa, lá em 2012, mas, infelizmente, nao foi pra frente.