Titãs: 35 anos de Cabeça Dinossauro!

Álbum é considerado um dos melhores do rock nacional. Foto: Divulgação.

Um dos meus álbuns preferidos do rock nacional completa 35 anos de seu lançamento hoje, 25 de junho. "Cabeça Dinossauro", dos Titãs, é uma daquelas obras praticamente perfeitas do rock oitentista, especialmente por não ter àquela estética meio "eletrônica" da época e ser bem pesado ("O que" é a exceção, claro).

Abrindo com a crua faixa-título, "Cabeça" foi - e ainda é - um marco por toda sua experimentação e letras politizadas - especialmente em um país ainda sob os resquícios da ditadura (tô falando de 1986, não de 2021, ok?).

"Igreja", "Polícia", "Estado Violência" parecem feitas para os dias de hoje, em que há muita coisa estranha rolando em nome da "fé" e da "ordem social".

O punk/hardcore de 36 segundos (!!) de "Face do destruidor" é uma espécie de introdução para minha faixa preferida do álbum, "Porrada". E os clássicos não param: "Tô cansado", "Bichos Escrotos", "Família" (que eu acho que destoa do tom do álbum, mas clássico é clássico, né?") e "Homem Primata" são patrimônios da música popular brasileira (sim, rock é pop e MPB, gostem ou não!).

Para finalizar, o reggaezinho de "Dívidas" e a faixa mais oitentista do disco: "O que". Que disco, senhoras e senhores, que disco!